Criar um Plano de Gerenciamento de Resíduos (PGR) pode parecer complicado à primeira vista. Muitos gestores enfrentam dúvidas em cada etapa, desde o levantamento dos resíduos até a implementação de processos diários. No entanto, com as informações corretas, o caminho pode se tornar mais claro e eficiente. Isso vale tanto para quem está começando quanto para empresas já estruturadas que querem melhorar práticas e estar em conformidade com as normas legais.
Neste guia, vamos mostrar um caminho direto, sem mistério, passo a passo, mas sempre lembrando: cada negócio possui características únicas. Adaptar o plano à realidade de sua empresa faz toda a diferença, e é nisso que empresas como o Grupo Leitão se especializam.
Por que existe o plano de gerenciamento de resíduos
Simplificando, o PGR serve para organizar, documentar e gerenciar tudo o que diz respeito aos resíduos gerados por uma atividade. Mas talvez o maior valor esteja em transformar “lixo” em um ativo operacional. Por quê? Porque permite identificar oportunidades de economia, reduzir riscos ambientais, e reforçar uma postura responsável.
Além disso, o plano aumenta a segurança das operações, ajuda a cumprir obrigações legais e transmite confiança para a sociedade e órgãos fiscalizadores.
O resíduo bem gerenciado é sinal de respeito à sociedade.
Primeiros passos: entenda o seu resíduo
Antes de pensar nas práticas, comece pela base: identificar tudo que entra e sai. Parece simples, mas muitos gestores se surpreendem ao ver que resíduos esquecidos ou subestimados fazem grande diferença.
- Mapeamento dos resíduos: analise setores, processos, materiais usados e quem manipula cada resíduo.
- Registro: anote cada tipo, quantidade e frequência em um formulário. Fazer isso detalhadamente é fundamental para evitar surpresas. Estudos mostram que a identificação dos tipos e quantidades facilita decisões futuras.
Classificação segundo a legislação
Depois de mapear, é obrigatório classificar cada tipo de resíduo com base na NBR 10.004 da ABNT. Isso estabelece três principais categorias:
- Classe I – perigosos: apresentam risco à saúde, como resíduos químicos.
- Classe II A – não perigosos, não inertes: apresentam características de biodegradabilidade ou combustibilidade, por exemplo papel e restos de alimentos.
- Classe II B – inertes: materiais como concreto, vidro e alguns plásticos que não se decompõem facilmente.
Essas divisões orientam o tipo de embalagem, a destinação e o transporte, conforme a classificação da NBR 10.004.

Segregação, acondicionamento e armazenamento
A próxima etapa envolve separar e acondicionar tudo corretamente, logo na fonte geradora. Este procedimento é uma das maiores barreiras na rotina, mas evita contaminação, acidentes e mistura de resíduos recicláveis com orgânicos ou perigosos.
- Segregação: use recipientes padronizados por cores e etiquetas claras.
- Acondicionamento: escolha embalagens compatíveis, de acordo com as normas técnicas.
- Armazenamento temporário: crie um espaço seguro, sinalizado, arejado e longe de áreas de circulação.
Além disso, vale reforçar: para garantir rastreabilidade e evitar multas, registre sempre quantidade, data e origem dos resíduos armazenados, alinhado ao que orienta a norma de segregação e acondicionamento.
Planejamento do transporte e destinação
Para muitos, surge a dúvida: quando enviar resíduos para fora? Regra prática — quando o armazenamento atingir até 75% da sua capacidade, organize o transporte. Só use transportadoras licenciadas, com os documentos necessários (MTR, por exemplo), pois cada etapa precisa de comprovação legal.
Em seguida, detalhe no seu plano a destinação final de cada tipo de resíduo: reciclagem, compostagem, coprocessamento, incineração ou aterro. O ideal é priorizar sempre a cadeia mais sustentável possível.
Todo passo documentado protege sua empresa e o meio ambiente.
Definindo metas, treinamento e revisão
Agora que tudo está detalhado, surge uma etapa que poucos valorizam: definir metas. Elas permitem medir avanços, envolver equipes e gerar economia visível. Mas seja realista, metas inalcançáveis frustram. Comece do básico, como reduzir o lixo enviado ao aterro em 10% ao ano, ou aumentar a reciclagem de papel.
O estabelecimento de metas para redução, reutilização e reciclagem pode valorizar a imagem da empresa e criar diferenciais competitivos.
- Treinamento: todos precisam entender os motivos e como agir no dia a dia, com exemplos práticos.
- Revisão periódica: a empresa muda, assim como o tipo de resíduo e obrigações legais. Planeje revisões anuais, ou quando houver grandes mudanças estruturais.
Documentação e comunicação
Nada adianta criar um ótimo plano se ele fica esquecido em alguma pasta. O segredo é trazer o documento para a rotina. Torne-o acessível, claro e atualizado. Um plano visual, com fluxogramas e cartazes, amplia o engajamento e evita erros simples.
Além disso, mantenha canais abertos para sugestões. Muitos aprimoramentos surgem de quem atua diretamente no processo, algo que o Grupo Leitão percebeu em sua atuação ao lado de parceiros de diversos portes.
Não basta ter o plano. É preciso fazer ele funcionar de verdade.
Dicas para personalizar o seu pgr
Cada setor (hospitalar, industrial, comercial, agropecuário) tem exigências diferentes. O segredo é buscar exemplos de empresas semelhantes, ouvir especialistas, adaptar o que faz sentido e não ter medo de modificar o plano se perceber que ele não está funcionando como imaginado.
Muitos gestores duvidam que consigam implantar mudanças sem grandes choques. Mas pequenas ações, persistentes, mudam o padrão da empresa. Por isso, a consultoria personalizada do Grupo Leitão ajuda a identificar ajustes inteligentes para cada realidade, integrando práticas sustentáveis ao negócio principal.
Personalização é o segredo para sair do papel e transformar o plano em resultado.

Conclusão
O processo de criar um Plano de Gerenciamento de Resíduos pode não ser perfeito logo de início. Leva tempo, ajustes e dedicação, mas resulta em ambientes mais seguros e empresas mais bem preparadas para desafios ambientais e legais. Se sente insegurança, não precisa tentar tudo sozinho. O Grupo Leitão está pronto para transformar a gestão de resíduos em uma oportunidade real para o seu negócio, seja com elaboração do plano, destruição de documentos ou consultoria integrada. Solicite um orçamento e faça da gestão de resíduos um novo capítulo positivo em sua empresa.
Perguntas frequentes
O que é um Plano de Gerenciamento de Resíduos?
Plano de Gerenciamento de Resíduos é um documento que sistematiza procedimentos para identificar, classificar, separar, acondicionar, armazenar, transportar e dar destino adequado aos resíduos gerados em uma atividade, seja ela industrial, comercial, hospitalar ou rural. Ele prevê responsabilidades e detalha rotinas para evitar danos ambientais e cumprir exigências legais.
Como criar um plano de resíduos eficiente?
O primeiro passo é mapear todos os resíduos gerados e depois classificá-los conforme a legislação. A partir daí, defina procedimentos para separação, armazenamento e transporte adequados, além de registrar tudo de forma organizada. Inclua metas realistas para redução e reciclagem e capacite sua equipe. Revisar o plano com frequência também é muito recomendado.
Quais são as etapas do plano de resíduos?
Ainda que as empresas tenham particularidades, normalmente as etapas são as seguintes:
- Identificar e registrar os resíduos
- Classificar segundo normas da ABNT
- Separar e acondicionar logo após a geração
- Armazenar temporariamente com segurança
- Planejar o transporte com documentação obrigatória
- Escolher a forma de destinação final ambientalmente adequada
- Estabelecer metas e treinar colaboradores
- Manter revisões e comunicação constante
Para que serve o plano de resíduos?
Ele serve para organizar o gerenciamento completo dos resíduos, garantindo que sejam tratados corretamente e de acordo com normas ambientais e de segurança. Um bom plano aumenta a responsabilidade socioambiental, reduz riscos de acidentes ou multas e abre oportunidades para economia, reciclagem e valorização do negócio.
Quem precisa fazer um plano de resíduos?
Empresas, indústrias, hospitais, estabelecimentos comerciais, e até propriedades rurais que geram resíduos significativos precisam elaborar e manter o plano atualizado. A exigência pode variar conforme legislação municipal, estadual ou federal e o porte da atividade, mas quase sempre quem gera resíduos perigosos ou em grande volume está obrigado a esse controle.